Fazer viver ou deixar morrer?

interfaces da biopolítica contemporânea

Autores

  • Franciele Roberta Cordeiro
  • Cristiane Trivisiol da Silva
  • Monalisa da Silva Pinheiro

Palavras-chave:

Morte, Enfermagem, Tendências, Cuidados Paliativos

Resumo

Discute-se as relações entre vida e morte destacando-se as demandas em torno do processo de morrer que emergiram nos últimos anos. Para as discussões, utilizou-se os conceitos de biopoder e de governo, proposto por Michel Foucault, seguido das contribuições atuais de Nikolas Rose.Dentre as  mudanças observadas ao longo do último século e mais especificamente ao longo dos últimos anos, destaca-se a emergência de um outro modo de cuidar e governar os sujeitos no processo de morrer. Os moribundos, que anteriormente eram escamoteados dos discursos dos profissionais da saúde passam a ter visibilidade, especialmente, a partir da invenção dos cuidados paliativos. Por outro lado, identifica-se a dificuldade em abordar a morte como um evento “natural” ou efetivar o “deixar morrer”, tendo em vista os investimentos nas tecnologias duras e moleculares sobre o corpo. Esses investimentos transmitem a sensação de que é possível governar o fim, decidir sobre as possibilidades de intervenção, refutando a morte e prolongando o existir. Conclui-se que a medicina contemporânea, juntamente com as estratégias políticas dispostas pelo Estado se articulam, pondo em prática outros modos de morrer e de viver, os quais constituem sujeitos que são convocados a participar e intervir nas decisões relativas aos seus corpos.

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Publicado

01-01-2014

Como Citar

Cordeiro, F. R., Silva, C. T. da, & Pinheiro, M. da S. (2014). Fazer viver ou deixar morrer? interfaces da biopolítica contemporânea. História Da Enfermagem: Revista Eletrônica (HERE), 5(1), 95–107. Recuperado de https://aben.emnuvens.com.br/here/article/view/289

Edição

Seção

Reflexão

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