Reflexões e desdobramentos históricos do consumo das drogas na saúde

Autores

  • Jaime Alonso Caravaca-Morera

Palavras-chave:

História, Drogas, Crack, Exclusão social, Estigma

Resumo

A incorporação das substâncias psicoativas nos ritos de consumo dos seres humanos, encontra-se diretamente vinculada a sua evolução histórica. Porém, esse processo adquiriu maior relevância a partir da década de 1960, momento no qual o paradigma de objetificação mercantil e comercial das drogas começa a tomar maior relevância no campo sociopolítico. Assim, o presente manuscrito objetivou refletir sobre as dinâmicas históricas e sociais associadas ao fenômeno do crack na saúde coletiva contemporânea, utilizando como bússola analítica o caso do Brasil. Desta maneira, foi realizada uma análise reflexiva que aborda marcadores histórico epidemiológicos do crack no Brasil e outros determinantes de marginalização/estigmatização social associadas ao seu consumo. Conclui-se que a polissemia das realidades sociais e sanitárias envolvidas na dinâmica do consumo do crack, assim como a subsequente busca por soluções de descriminalização do usuário, devem ser integradas nos diferentes projetos de saúde coletiva com um olhar interdisciplinar e interseccional.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Dias AC. Crack: Reflexões para Abordar e Enfrentar o Problema. Rio de janeiro: Editorial Civilização Brasileira; 2011.

Sapori LF, Medeiros R. Crack: um desafio social. Belo Horizonte: Editora PUC Minas; 2010.

Caravaca-Morera JA. Drogas en la contemporaneidad: 100 miligramos de reflexiones. Rev. Enfermería Actual en Costa Rica. 2016; 31(1): 1-15.

Bastos FI, Bertoni N. (Orgs.). Pesquisa nacional sobre o uso de crack: Quem são os usuários de crack e/ou similares do Brasil? Quantos são nas capitais brasileiras? Rio de Janeiro: ICIT/ FIOCRUZ; 2014.

Caravaca-Morera JA. Crack: el inicio de la piedra en Brasil. Rev. Enfermería Actual en Costa Rica. 2014; 27(2):1-11.

Dias AC, Araújo MR, Laranjeira R. Evolução do consumo de crack em coorte com histórico de tratamento. Revista de Saúde Pública. 2011; 45(5):938-948.

Galduróz JCF, Noto AR, Nappo AS, Carlini EA. Uso de drogas psicotrópicas no Brasil: pesquisa domiciliar envolvendo as 107 maiores cidades do país - 2001. Rev. Latino-Am. Enfermagem. 2005; 13( spe ):888-895.

Noto AR, Galduroz JC, Nappo SA, Fonseca AM, Carlini MA, Moura YG et al. Levantamento nacional sobre uso de drogas entre crianças e adolescentes em situação de rua nas 27 capitais brasileiras - 2003. São Paulo: CEBRID; 2014.

Medeiros KT, Maciel SC, Sousa PF, Vieira GLS. Vivências e Representações sobre o Crack: Um Estudo com Mulheres Usuárias. Psico-USF. 2015; 20(3):517-528.

Moreira MR, Fernandes FMB, Ribeiro JM, Franco Neto TL. Uma revisão da produção científica brasileira sobre o crack - contribuições para a agenda política. Ciênc. saúde coletiva [Internet]. 2015; 20(4):1047-1062.

Gabatz RIB, Schmidt AL, Terra MG, Padoin SMM, Silva AA, Lacchini AJB. Percepção dos usuários de crack em relação ao uso e tratamento. Rev. Gaúcha Enferm. 2013; 34(1):140-146.

Caravaca JAM. Crack: Histórias de vida de moradores de rua. [dissertação]. Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina; 2013.

Bauman Z. Vidas desperdiçadas. São Paulo: Editorial Zahar; 2005.

Agamben G. Homo sacer. El poder soberano y la nuda vida. Pre–Textos: Valencia; 1998.

Downloads

Publicado

01-01-2016

Como Citar

Caravaca-Morera, J. A. (2016). Reflexões e desdobramentos históricos do consumo das drogas na saúde. História Da Enfermagem: Revista Eletrônica (HERE), 7(1), 369–377. Recuperado de https://aben.emnuvens.com.br/here/article/view/336

Edição

Seção

Reflexão

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)

Artigos Semelhantes

<< < 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.